Zine “Espaços perigosos”

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Texto anônimo publicado originalmente em inglês no ano de 2012 por Untorelli Press. Sob uma perpesctiva queer insurrecional, aborda a questão do imaginário sobre os chamados “espaços seguros” e a prática da violência revolucionária contra o gênero e o governo dos corpos.

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“Há uma violência que domina. É golpear homossexuais. É o estupro. É a vivissecção e os laboratórios de vivissecção. É o banco e a loja de café. É a gasolina do carro e a prisão. É o seu trabalho, seu aluguel ainda por pagar, seus dentes podres, suas feridas que não querem sarar. É o silêncio que reprime tudo por dentro.

Há uma violência que liberta. É o assassinato de um homofóbico. É atacar os joelhos de um estuprador. É o incêndio e a liberação de visons. É quebrar janelas para expropriar alimentos. É a queima de um policial e os tumultos atrás das barricadas. É a rejeição ao trabalho, é a ocupação, as amizades criminosas e a rejeição total das obrigações. É um caos que não pode ser interrompido.

A manutenção deste mundo depende da assimilação total da primeira e a supressão total da segunda. Esta supressão é levada a cabo de muitas maneiras óbvias: prisões, grandes júris, delatores, TV a cabo, cortes, demissões, denúncias por conspiração, isolamento, despejos. Contudo, a supressão da violência revolucionária exige muito mais do que a polícia e as prisões; é necessário um véu ideológico para mascarar a existência desta violência. (…)

Quantas vezes mais a nossa experiência e as nossas vidas podem ser usadas para silenciar revoltas, para justificar a ação policial, para demonstrar que a violência é ‘privilegiada’ e é ‘uma merda’?

Eu nunca fui pacíficx. O mundo me violenta e eu só quero violência contra o mundo. Quem tentar tirar minha paixão por sangue e fogo queimará junto com o mundo ao qual se agarra tão desesperadamente. Ao longo dessas linhas, tentamos compilar artigos sobre a violência revolucionária contra o gênero e aqueles que mantêm esse controle e poder sobre as nossas vidas”.
(apresentação anônima da edição original em inglês)

título original: Dangerous Spaces: Violent Resistance, Self-Defense, & Insurrectional Struggle Against Gender. Anônimo, 2012, Untorelli Press.
Tradução para o espanhol por Coños como llamas e Peligrosidad Social, 2013.
Tradução para o português: edições insurrectas, mata atlântica, inverno de 2024.
36 páginas.